ENCONTRO DE
COROS NO SAMEIRO- DIA 29/Abril/2012.
1º
GRUPO CORAL de
LOUSADO
Ave, o Clemens -Marco Daniel/Luis Magalhães
Bendita e
louvada seja _M.
Simões
Toda a glória
está na cruz
Aleluia -Telemann
Director
artístico: Luis Magalhães
2º
CORAL S. TIAGO
D´ANTAS
Foi removida a pedra -
A. Cartageno
Acreditamos -
A. Cartageno
Cristo, nosso Cordeiro Pascal - Miguel Carneiro
Avé Maria -
M. Faria
Director artístico:
Pedro Portela
3º
CORAIS
de S. Martinho do Vale e S. Tiago da Cruz
Nasceu o sol da Páscoa -Sousa Marques
Foi removida a pedra -A. Cartageno
Reina o Senhor - Sousa Marques
Director artístico:
Sameiro Ribeiro
4º
GRUPO
CORAL de S. MIGUEL DE SEIDE E
CAMPELOS
Regina coeli -Manuel
Faria
Ecce Panis _
Benjamim Salgado
Avé Maria _
M. Faria
Ao Sameiro -
M. Faria
Director
artístico: _ Joaquina Faria
PARA REFLECTIR
OS INSTRUMENTOS MAIS ADEQUADOS
O Instrumento musical mais importante é a voz humana.
Há que cuidar dela e potenciar as suas capacidades. É um dom maravilhoso. Não
cantes ao Senhor do mesmo modo que cantas numa “desgarrada” folclórica. Não é
que seja “pecado”, mas é imperfeição. Todavia, desde os tempos mais remotos o
homem, com o seu espírito criativo, procurou outras formas de fazer ritmo e
melodia. E os instrumentos foram surgindo.
O órgão de tubos, também chamado “rei dos
instrumentos” é, desde há muitos séculos, o instrumento eleito para tocar nos
templos sagrados ora a solo ora como “sustento” das vozes.
Como se trata de um instrumento caro e de difícil manutenção
recorreu-se, durante quase 150 anos, ao harmónio de pedais, mais acessível e
mais pequeno. Surgiu no início do séc. XIX e, em muitas igrejas e capelas,
ainda se encontram. Tem timbres muito variados e, em muitos casos, com muita
qualidade. São melhores que muitos órgãos modernos nada adequados para o
serviço litúrgico. A partir da segunda metade do séc.XX começaram a surgir os
órgãos eléctricos e, mais tarde, electrónicos atingindo uma qualidade muito
idêntica aos órgãos de tubos.
Quer o órgão de tubos, quer o harmónio ou o órgão
electrónico exigem conhecimentos razoáveis, no que se refere à registação,
sendo fundamentais os registos de 8, 4 e 2 pés. Há certos registos que nunca se
devem utilizar nas igrejas, tais como: o trémulo ou o “reverb”. Dão a sensação
de que estamos num “cabaret”.
Em resumo: para se dominar um órgão é preciso
estudá-lo, fazer registações prévias se possível, evitar os registos
estridentes e ter bom gosto.
E os restantes instrumentos são indignos de entrar na Igreja e nas celebrações
Litúrgicas?
A Igreja não exclui, peremptoriamente, nenhum instrumento.
Faz, no entanto, uma recomendação muito séria que é para todos os instrumentos,
a saber: que não sejam demasiado ruidosos, que sejam tocados com arte e que
contribuam para a edificação dos fiéis.
Será fácil tocar uma viola com arte? Acham que
“rasgar” uns acordes já é saber tocar? E se, em vez de a “rasgar” a
dedilhassem?! É mais difícil não é? Reparem no modo como tocam os que
frequentam escolas a sério…. É o
bom gosto, o conhecimento musical e a dignidade do acto Litúrgico que deve
prevalecer pois estamos na presença do Deus de Quem viemos, em Quem vivemos e
para Quem caminhamos.
Poderíamos, perante o exposto, fazer uma reflexão:
* Em muitas das celebrações que preparamos será o bom gosto na escolha dos cânticos e no
modo como são executados que predomina?
* O que se ouve cantar e tocar na Igreja estimula-nos
e aproxima-nos de Jesus Cristo?
* Ou apenas temos em vista a nossa “vaidadezinha” e
estamos à espera que digam: foi bonito….
* Se somos nós, povo Cristão, as “pedras vivas” do
Templo de Deus porque é que se investe mais nas paredes e no adro da Igreja do
que nas “pedras vivas” que a animam?
* Que género de comunidade Cristã é que eu escolheria
como aquela que me aproxima mais de Jesus Cristo?
*Será esta proposta de reflexão uma “pieguice” sem qualquer
interesse para o acto litúrgico em
que participo?
* Estamos empenhados em ter um bom órgão. E não é
importante um bom organista ou um bom director do coro?
*Temos comunidades divididas em pequeninas “capelas”
corais, cada uma com o seu intocável orgãozinho e outros adereços, onde os
grupos primam pela mútua maledicência e inveja.
Ser Igreja de
Jesus não é isto.
Vamos, então, sob
a orientação do Pastor, primeiro responsável pelo modo como se canta e reza na
sua comunidade, mesmo que não saiba música nenhuma, tentar conhecer e perceber
as normas da Música na Liturgia a fim de que, pouco a pouco, sejamos capazes de
elevar a Deus um “louvor perfeito”. Foi Ele que pediu: “sede perfeitos como o meu Pai é
perfeito”.
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