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domingo, 20 de fevereiro de 2011

FORMAÇÃO DE SALMISTAS


Decorreu, nos dias 15 e 16 de Fevereiro, no salão Paroquial de Dume, uma acção de formação para os salmistas das paróquias da zona do Cávado. Embora tenham aparecido bastantes não estavam todas as paróquias representadas, o que é pena.
O Pároco de Palmeira teve a seu cuidado a orientação dos salmistas sobretudo numa perspectiva litúrgica deixando os aspectos técnicos para a crítica/apreciação dos presentes na acção de formação. Para além de vários aspectos estritamente litúrgicos, aplicáveis a leitores, acólitos, salmistas, organistas e outros "actores" na liturgia, socorreu-se de apontamentos práticos cedidos pelo P. Cartageno, compositor e maestro de nome bem conhecido na musicologia Portuguesa.
Desde o "saber estar" no ambão, à expressão sonora sem afectação nem exibicionismos, até à dicção e "entendimento" do carácter de cada salmo, os participantes tiveram a oportunidade de ver e ouvir variadas interpretações de salmos das diferentes épocas do Ano Litúrgico. Assim ficamos com alguma luz sobre o modo de interpretar um salmo penitencial, um salmo de louvor, de súplica ou de aclamação. Para cada um há modos diferentes de serem proclamados a fim de que, através da expressão, se possa transmitir à assembleia aquilo que o salmista quis transmitir ao povo Deus. Ontem como hoje.
Ainda há um longo caminho para percorrer a caminha da "perfeição". Esta jamais será conseguida; mas tem de ser "perseguida". O que foi dito para os salmistas já havia sido abordado com os leitores ou seja, a expressividade, a clareza na pronúncia, a pontuação e a cadência frásica. Leitores e salmistas têm de ter em atenção de que, nesse momento, são instrumentos da voz de Deus. Deus fala através de nós. Nós somos a Sua boca. Temos, por isso, uma enorme responsabilidade em desempenhar bem as funções que aceitarmos realizar no serviço litúrgico.
Na próxima semana a acção de formação incidirá nas competências dos organistas.

150 ANOS DE HARMÓNIO


No dia 23 de Setembro realizou-se um concerto/tertúlia na Capela de Guadalupe, em Braga. Foram "actores" deste evento o Coral de Dume e o Dr. José Carlos Miranda. O Coral executou a obra de M. Faria intitulada "Florinhas do Campo" publicada no ano de 1948. Consta de 13 cânticos a Nossa Senhora, a duas vozes, que durante décadas foram executados em muitas igrejas da diocese. Pela sua simplicidade melódica, embora de apreciável extensão vocal, são melodias cheias de "alma" enriquecidas por um acompanhamento, feito a pensar no harmónio, que, exigindo razoável técnica ao organista, faz um conjunto perfeito com as vozes. José Carlos Miranda, barítono, contribuiu com um ciclo de cânticos, também de M. Faria, sobre o ofício de defuntos. Como o motivo principal do encontro era o harmónio, realizei um trabalho sobre a história e importância do mesmo, durante cerca de 150 anos, como instrumento principal da maioria das igrejas e capelas.