quinta-feira, 14 de julho de 2011
ENCONTRO DE COROS LITÚRGICOS EM FAFE
domingo, 20 de fevereiro de 2011
FORMAÇÃO DE SALMISTAS
Decorreu, nos dias 15 e 16 de Fevereiro, no salão Paroquial de Dume, uma acção de formação para os salmistas das paróquias da zona do Cávado. Embora tenham aparecido bastantes não estavam todas as paróquias representadas, o que é pena.
150 ANOS DE HARMÓNIO
No dia 23 de Setembro realizou-se um concerto/tertúlia na Capela de Guadalupe, em Braga. Foram "actores" deste evento o Coral de Dume e o Dr. José Carlos Miranda. O Coral executou a obra de M. Faria intitulada "Florinhas do Campo" publicada no ano de 1948. Consta de 13 cânticos a Nossa Senhora, a duas vozes, que durante décadas foram executados em muitas igrejas da diocese. Pela sua simplicidade melódica, embora de apreciável extensão vocal, são melodias cheias de "alma" enriquecidas por um acompanhamento, feito a pensar no harmónio, que, exigindo razoável técnica ao organista, faz um conjunto perfeito com as vozes. José Carlos Miranda, barítono, contribuiu com um ciclo de cânticos, também de M. Faria, sobre o ofício de defuntos. Como o motivo principal do encontro era o harmónio, realizei um trabalho sobre a história e importância do mesmo, durante cerca de 150 anos, como instrumento principal da maioria das igrejas e capelas.
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
O Canto na Liturgia
A Rádio Renascença, tal como outros meios de comunicação social, transmitem a Eucaristia dominical, regularmente, a partir de diferentes comunidades cristãs. Acho que é um bom serviço que prestam ao público assim como é uma boa oportunidade para as comunidades mostrarem como louvam o Criador através do maior ou menor cuidado que colocam na preparação da Liturgia.
Acontece que, num dos últimos domingos, ouvi e apreciei o modo como um coral de Lisboa não preparou minimamente os cânticos que executaram durante a Missa. Sem dar relevo à educação vocal quero referir, somente, a ileteracia na interpretação da simbologia escrita nas pautas. A maior parte dos cânticos foram executados com erros de palmatória “reescrevendo” o que os compositores, com tanto cuidado, já haviam escrito. Entendo que esse género de erros, produzidos de modo reiterado, são indesculpáveis pois: havia um organista, creio que um director artístico e um sacerdote (que não devia ser um estranho). Como foi possível, então, cantar tantas asneiras seguidas?
Isto só é possível devido ao laxismo , à impreparação, à falta de espírito crítico e ao pouco rigor dos intervenientes na acção litúrgica, desde o padre ao acólito. Muitas vezes as celebrações não são preparadas e não são dignificadas. É pena que tenha caido no esquecimento aquele velho costume de “guardar o melhor fato para o domingo” ou, dito de outra maneira, vestir o “fato de louvar a Deus”. Pelo que tenho visto e ouvido também a diocese de Braga, em muitas comunidades, vem perdendo os bons costumes pelas mesmas razões: o desleixo ou impreparação dos párocos, a cultura do facilitismo, a impreparação musical e litúrgica dos responsáveis pelos coros e a carência de bons exemplos a partir das igrejas de referência, como são os grandes centros de peregrinação, de onde deveriam irradiar as boas práticas.
Há muito investimento material em instrumentos de qualidade mas não há investimento em tocadores com preparação técnica. E, acreditem, não faltam jovens com habilitações superiores que gostariam de ser convidados a exercer essas funções. Bastava dar-lhes a preparação litúrgica , algum incentivo monetário e, claro está, ir ao encontro deles.
No que se refere ao canto e à preparação dos grupos corais ainda vivemos daquilo que Manuel Faria semeou e viu crescer: os encontros de coros. Foram sadia convivência, frutuosa aprendizagem, confronto de experiências e aturada persitência na formação de directores artísticos rumo a uma perfeição sonhada pelo Mestre: a nobreza do canto no louvor Eucarístico. A semente lançada à terra e já árvore frondosa, por todos avistada e admirada, deixou de ser tratada e definhou. Pouco resta. Voltamos aos tempos da viola mal tocada e do barulhento batuque que ofusca as palavras cantadas. Floresce o amadorismo mais simplório que nem sequer parece incomodar a sensibilidade de muitos párocos, responsáveis máximos pela vitalidade de uma paróquia.
Entendo que temos de arrepiar caminho. Como leigo, porém, não estou investido com qualquer autoridade que me permita passar além de uma crítica construtiva a partir da autoridade moral conquistada pela formação , dedicação e trabalho realizado.
Também neste campo, auguro um bom ano para a diocese de Braga.
Costa Gomes