Saiu uma nova colectânea de cânticos para a Liturgia sugerida pelo Secretariado Nacional para a Liturgia.
A minha curiosidade em conhecer "novidades" levou-me a solicitá-la via correio. Logo que recebi o grosso volume "devorei-o" da primeira à última página e, claro, soletrei os cânticos. Cheguei à conhecida conclusão que cada diocese (ou instituição) navega em águas próprias e nem "desagua" no mesmo mar (Jesus Cristo e a sua Igreja).
Há muitos livros, alguns volumosos e impróprios para colocar na estante e outros mais fáceis de manejar. A Igreja Bracarense já tem um bom apoio na colectânea "Igreja Canta". Muito bem feito, organizado segundo a liturgia de cada tempo, com indicação dos locais onde se pode ir buscar várias vozes e acompanhamento.
O mesmo não acontece com o referido Cantoral. Do modo como está organizado (?) não facilita a vida a ninguém. Explico: 1. Não entendo a razão da não colocação dos nomes dos autores no local adequado. Só se encontra no índice seguindo o número do cântico; 2.Não entendo que se não indique onde se pode encontrar cada cântico em polifonia (se a tiver) e o acompanhamento organístico;
3. Olhando para um pormenor das "glórias" questiono-me a quem devo obedecer: ao que me ensinam em Braga ou a estranhos cujos nomes e obra não conheço? É o seguinte: por aqui tem sido ensinado que o refrão da glória, introduzido há bastantes anos por F.ra do Santos, não está conforme a Liturgia, ou seja, a glória deve ser cantada da mesma forma que se recita. Assim tenho feito com as várias "glórias" que o meu coro conhece e com uma outra da minha autoria em que não coloquei nenhuma repetição (refrão). Em que ficamos? Este pormenor será indiferente à boa prática litúrgica?
Penso que andamos como ovelhas sem pastor.
Comprei o Cantoral mas acho que nunca o irei consultar pois não é prático nem consegue chegar à qualidade de outras colectâneas já conhecidas e com outra facilidade de consulta que não existe nesta nova colecção. Fico com pena.
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