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segunda-feira, 13 de outubro de 2008

MISSA SOLENE em honra de Nª Srª de FATIMA


Missa Solene em Honra de Nossa de Fátima: Manuel Faria e Joaquim dos Santos... (por Nuno Costa)

"No dia dedicado à Música aproveitei para publicar, no blog www.maestrojoaquimdossantos.blogspot.com, uma obra pela qual o Maestro Joaquim dos Santos sempre teve um especial carinho e admiração...
Discípulo dilecto e Amigo de Manuel Faria, o Maestro, demonstra bem, na sua orquestração, o respeito e conhecimento, único e admirável, que sempre teve em relação à obra do insigne Manuel Faria.
A presente Missa foi composta para Coro e Órgão entre os anos de 1941/45; "escrever uma missa de grandes proporções é a consagração: confirma, por esta forma, o louvor recebido a quando da recepção do mais alto grau do Instituto [de Música Sacra - Roma]" (Francisco Faria, NRMS 27-28; 1983)

"Dos compositores portugueses, (...), foi sem dúvida o contacto com o compositor Manuel Faria que o conduziu [Joaquim dos Santos] a um estilo enquadrado na estética contemporânea da Música Sacra Portuguesa. Tendo em conta a comunhão de Joaquim dos Santos com os princípios criativos do último, dois elementos da Comissão de Música Sacra solicitaram-lhe que fizesse a transcrição para Coro e Orquestra da Missa Solene em Honra de Nossa Senhora de Fátima [de Manuel Faria], inicialmente para coro a 4 vozes mistas e órgão. Este trabalho foi executado por Joaquim dos Santos sob grande tensão emocional, uma vez que o compositor acompanhava simultaneamente o seu pai que se encontrava doente. A estreia desta obra teve lugar na Igreja de São Lázaro, em Braga, a 13 de Abril de 1984. A execução esteve a cargo da Orquestra Sinfónica do Porto e do Coro da Sé do Porto, sob a direcção do Maestro Gunter Arglebe." (Tese da Dra. Carla Simões: "Joaquim Santos - Um Compositor no panorama musical português contemporâneo" Departamento de Expressões Artísticas e Educação Física. Instituto de Estudos da Criança. Universidade do Minho. Braga - 2000)
No blog é possível ouvir a versão orquestral da Missa, gravação realizada em 2003 no Instituto de Santo António em Roma.
Penso que esta gravação foi bem conseguida e demonstra a mestria do Maestro Joaquim dos Santos na orquestração do seu Mestre Manuel Faria... Discípulo que sempre se identificou com o seu Mestre, nunca o esqueceu e sempre trabalhou na sua obra...verdadeiramente Mestre e Discípulo... Manuel Faria e Joaquim dos Santos.

Nuno Costa, Outubro 2008

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Ingratidao....


Boaventura Faria escreveu:

Reparei, agora, que o Nelo, do Grupo Coral de Azurém, informa que este Côro vai homenagear Manuel Faria no dia 8/11/2008. Gostei de saber e pode ser que os adormecidos comecem a despertar para as questões
maiores da (falta de) música sacra de qualidade em Braga.
A este propósito, não resisto a contar-te um episódio caricato, passado no Seminário Menor de Braga, no dia 4 de Outubro corrente: como sabes, o meu curso (entrámos no Seminário em 1958) fez 50 anos, e a respectiva reunião teve lugar neste Seminário, começando por uma visita à dita Casa, guiada por um sacerdote, que se apresentou em calça de ganga e uma camisete verde. Após várias deambulações por tudo quanto já não conhecíamos, fomas aportar ao auditório VITA, de que fiquei a gostar sinceramente.
À porta desse auditório, e antes de entrarmos, o dito sacerdote faz-nos a história daquele, do uso que lhe tem sido dado e da comissão que nele superitende, aludindo a uma homenagem a OLIVIER MESSIEN que vai ter lugar, brevemente, nesse auditório, referindo o nome do "Maestro (!?) Azevedo Oliveira" como o principal impulsionador de tal homenagem, com obras do mesmo executadas por músicos convidados para o efeito.
Perguntei-lhe, de imediato, se alguma vez ouvira falar de MANUEL FARIA, ao que me respondeu afirmativamente. De seguida, interroguei-o sobre se sabia que em 5 de Julho deste ano passaram 25 anos sobre a morte de MANUEL FARIA, ao que me respondeu igualmente que sim. Então atrevi-me a perguntar-lhe por que é que a tal comissão integrada por
aquele "Maestro" não promoveu qualquer acto de homenagem a MANUEL FARIA, aproveitando esta efeméride, ao que o mesmo sacerdote (que faz parte também da dita comissão) me respondeu que não sabia, uma vez que a programação passa toda pelo tal "Maestro" que, pelos vistos, não deve conhecer nem MANUEL FARIA nem a sua obra.

Basta! Basta de tamanha ingratidão! Basta de tanta incompetência, arrogância e soez ousadia! Haja quem meta na ordem o falso "Maestro" e lhe faça lembrar que o muito pouco que é deve-o inteiramente a MANUEL FARIA, sendo certo que não existe pior defeito que a ingratidão, ainda por cima alardeando falsa identidade artística!
Porque sei que, ambos e, felizmente, muitos outros, só queremos o melhor em prol dos nosos MESTRES, MAESTROS E AMIGOS, a quem estamos infinitamente gratos pelo muito que nos deram, ainda que pouco merecedores de tanto!

Um abraço do Boaventura Faria.
Boaventura Faria